sexta-feira, 16 de novembro de 2018

84/365 - Quanto você vale para si mesmo?



Algo que eu venho percebendo últimamente é uma questão na diferença de perspectiva do valor de algumas moedas em relação às pessoas. Vou explicar

Você deve saber que todas as pessoas tem o mesmo pôtencial produtivo, mas que nem sempre há um uso adequado do tempo e, consequentemente, algumas pessoas produzem mais que as outras. Lembrando aqui rápidamente também que esforço não é o indicativo único de sucesso. Pois se fosse apenas necessário o trabalho árduo, todos os pedreiros e padeiros que existem seriam milíonários, o que não é o caso. É um conjunto de fatores que já foi discutido neste blog.

O que eu quero falar é sobre o valor que você se dá pelas moedinhas virtuais, os likes e corações; a sua popularidade virtual e como você vê isso.

Para uma pequena parcela, isso é algo relevante a ponto de usar como parâmetro de identificação e comparação, assim como qualquer outra pequena parcela. Vou ser mais específico com exemplos.

Para uma grande parcela da sociedade, aqueles que são médicos, engenheiros, advogados, fazem parte de uma "elite intelectual". Tenha noção que apenas 10% da população tem ensino superior completo no Brasil, segundo o IBGE em 2011. Agora, quem é médico, engenheiro, e advogado, não vê as coisas dessa forma, não se sentem superior nem parte de uma elite por terem uma graduação específica.

Certamente tem aqueles que sim, e usam desses títulos para subjulgar outros, colocando o ego e a soberba acima de tudo, mas essa é uma pequena minoria.

Da mesma forma, temos as pessoas com certa popularidade nas redes sociais, ao ver os números altos em seguidores e curtidas, nosso julgamento é de que são pessoas super aceitas no meio em que vivem e de que são populares e fazem parte, de certa forma, da "elite popular".

Mas assim como no exemplo dos formados, as pessoas com estes números altos não se veem dessa forma. Pois estes números não representam nada, em realidade.

Assim como os exemplos citados acima, podemos continuar sobre o que a sociedade vê como a "Elite da riqueza", ou "Elite da beleza", ou qualquer outro título em que as pessoas são colocadas sobre um pedestal e julgadas como superior em algum aspecto da vida.

A pequena minoria é a que usa desses artíficios para auto promoção e denegrir alguém para se engrandecer, mas é o que mais tem o alarde da mídia, o que gera uma concepção enganosa sobre o assunto, criando, portanto, uma separação de classes ainda maior na nossa sociedade.

E assim como é rídiculo alguém se graduar em alguma coisa apenas para portar o título, é rídiculo alguém se portar de alguma maneira específica para ter a popularidade virtual e os likes. Viver em função disso é estúpido e merece repreensão em prol de relembrar a todos que títulos e certos benefícios não são nada importantes e não vão trazer felicidade a ninguém.

As pessoas com maiores dificuldades em questão de auto conhecimento são as que buscam a própria identidade nos olhos dos outros

Fazem do possível e impossível para buscar um reconhecimento ou um título que de nada vale, apenas para amaciar o próprio ego em poder deitar a cabeça no travesseiro a noite e falsamente se enganar dizendo "sou alguém". Mas enquanto buscar em "ser alguém", esquece de se perguntar e buscar aprender quem se é, quem quer ser, e porque quer ser o que quer ser.

As perguntas é que movem o mundo, mas estamos vivendo em uma sociedade que somos julgados o tempo todo e, se não tivermos uma resposta pronta para tudo em menos de um minuto, somos considerados menos

Mas isso é apenas um reflexo de que os títulos e nomes estão sendo mais importantes do que as coisas realmente importantes, como já foi discutido em um dos textos aqui. Quando a futilidade é levada a sério, de tal forma que o que é sério não pode ser discutido sem que alguém se sinta extremamente ofendido, geramos uma sociedade doente, ansiosa, nervosa, e que se esconde atrás de remédios e mascaras.

Não esqueça do que realmente importa, e esteja disposto a fazer tudo em seu poder e moral para alcançar; não esqueça do que realmente não importa, e esteja disposto a ignorar e deixar de lado para poder focar no que realmente vai mudar sua vida.

10:17 PM 15/NOV/2018

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