segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

35/365 - Dilema e reforço



35/365

               Houve um grande dilema enquanto este texto foi escrito, na realidade até agora ele está sendo escrito e nem foi terminado, mas quando você estiver lendo vai estar até o fim. Contudo esta primeira linha continua sendo verdade, houve muita inquietação antes dessas primeiras linhas virem parar aqui.
               Geralmente a minha meta é escrever algo novo que aprendi no dia, assim garantindo que aprendo algo novo todos os dias, e presto mais atenção em tudo ao meu redor para tirar conhecimento de tudo que posso, matando alguns coelhos com uma caixa d’agua só. Melhorando a minha capacidade de aprendizado e sabendo irar conhecimento das mais diversas fontes, fazendo com que eu preste atenção nos momentos que eu vivo e entenda as coisas com uma velocidade maior, que eu repasse esse conhecimento para outras pessoas, que eu pense sobre o assunto e tire conclusões sobre ele, e algumas outras mais como a disciplina de fazer isso diariamente e me tornar mais forte na luta contra a resistência (ler post do dia 33 sobre a resistência).
               O dilema de hoje é que as coisas que aprendi hoje ainda estão um tanto quanto “cruas” na minha mente, não tive muito tempo de refletir sobre elas e tirar conclusões, portanto se eu fosse escreve-las iria ficar um texto um tanto quanto fraco, ou “desafiado”. Mas por outro lado eu tive reforços em coisas que aprendi recentemente que seriam interessantes de serem escritas aqui, pois foram reforços excelentes e, portanto, melhorariam textos que já foram escritos. Contudo, ficaria mais repetições do que já foi dito, e seria mais do mesmo, com uma abordagem e um exemplo diferente, ficando então enjoativo de acompanhar diariamente os textos.
               Este é o dilema enfrentado durante a escrita deste texto. Visto que eu estou escrevendo ele 2 horas e meia do dia seguinte que deveria ter sido postado, eu não tenho o tempo para meditar no que aprendi hoje, e então desenvolver um texto de qualidade com conteúdo inteiramente novo, sobrando então o “mais do mesmo”. Uma solução que encontrei para este problema é contando sobre o dilema, e ao mesmo tempo colocando sem muita firula e delongas o reforço que aprendi hoje. Pois durante uma releitura de todos os textos, poderei juntar o conhecimento do texto antigo com este aqui, criando então um texto com uma qualidade maior, e talvez a leitura deste próprio texto possa ajudar alguém que está em um dilema sobre alguma escolha e tomar esta atitude minha como exemplo até encontrar uma solução melhor para o problema enfrentado. Lembrando que eu não estou “fugindo” de um problema, pois provavelmente o que aprendi hoje será o texto que será escrito daqui a alguns dias.
               O reforço que tive hoje é de que algumas pessoas seguem em frente, enquanto outras continuam remoendo acontecimentos passados. Tudo isso é uma questão de perspectiva sobre os ocorridos. As vezes é mais confortável a dor do desconforto, que acaba se tornando um “vício” (assim como acontece as vezes com a tristeza), do que gerir a dor e sair do fundo do poço em busca de novas perspectivas. A ilusão de que o fundo do poço apesar de ser um lugar escuro e sem saída, é um lugar que você já está e não precisa fazer muito esforço para sair, principalmente quando se trata de assuntos envolvendo outras pessoas e nossas relações. Mas não tem duas verdades ao mesmo tempo, e a verdade nesse caso é de que apesar de parecer mais confortável, é de certa urgência sair do fundo do poço, pois é como aquele amigo que sabemos que é falso e temos dúvidas de muitas intenções dele sobre a gente, mas ainda o mantemos por perto pois já o temos como “amigo”.
               Algumas pessoas seguem em frente, pois é da natureza delas fazer o que fazem. Seja usar os outros para finalidades egoístas, tratar pessoas como objetos e descarta-las quando não forem mais uteis para elas, ou qualquer coisa do gênero. Enquanto ficamos remoendo os acontecimentos do passado, revivendo diariamente os bons momentos que tivemos com essa pessoa, enquanto que, especialmente nessa fase da dor, esquecemos todo o ruim que ela infligiu a nós. E enquanto elas simplesmente seguiram em frente, e como apenas usaram de você e te trataram como descartável, você a coloca em um pedestal imaginário, embelezando e endeusando algo que, na realidade, não existe. Pois foi apenas criação da sua mente querendo te machucar fazendo você neste estágio esquecer de todo o ruim que veio com o que foi bom. É saber gerir a balança ponderando o que foi bom o que foi ruim, e não ignorando um dos lados. Do começo ao fim, analisar e ver que na realidade foi 50% a 50%, e nada mais que isso. Sabendo tirar lições boas do ocorrido, e seguir em frente, assim como a outra pessoa seguiu.

Alisson David Frangullys – 2:44  5/FEV/2018  GMT-5    (Texto para o dia 4/FEV/2018)

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