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Houve um grande dilema enquanto este
texto foi escrito, na realidade até agora ele está sendo escrito e nem foi
terminado, mas quando você estiver lendo vai estar até o fim. Contudo esta primeira
linha continua sendo verdade, houve muita inquietação antes dessas primeiras
linhas virem parar aqui.
Geralmente a minha meta é
escrever algo novo que aprendi no dia, assim garantindo que aprendo algo novo
todos os dias, e presto mais atenção em tudo ao meu redor para tirar conhecimento
de tudo que posso, matando alguns coelhos com uma caixa d’agua só. Melhorando a
minha capacidade de aprendizado e sabendo irar conhecimento das mais diversas
fontes, fazendo com que eu preste atenção nos momentos que eu vivo e entenda as
coisas com uma velocidade maior, que eu repasse esse conhecimento para outras
pessoas, que eu pense sobre o assunto e tire conclusões sobre ele, e algumas
outras mais como a disciplina de fazer isso diariamente e me tornar mais forte
na luta contra a resistência (ler post do dia 33 sobre a resistência).
O dilema de hoje é que as coisas
que aprendi hoje ainda estão um tanto quanto “cruas” na minha mente, não tive
muito tempo de refletir sobre elas e tirar conclusões, portanto se eu fosse
escreve-las iria ficar um texto um tanto quanto fraco, ou “desafiado”. Mas por
outro lado eu tive reforços em coisas que aprendi recentemente que seriam
interessantes de serem escritas aqui, pois foram reforços excelentes e,
portanto, melhorariam textos que já foram escritos. Contudo, ficaria mais
repetições do que já foi dito, e seria mais do mesmo, com uma abordagem e um
exemplo diferente, ficando então enjoativo de acompanhar diariamente os textos.
Este é o dilema enfrentado
durante a escrita deste texto. Visto que eu estou escrevendo ele 2 horas e meia
do dia seguinte que deveria ter sido postado, eu não tenho o tempo para meditar
no que aprendi hoje, e então desenvolver um texto de qualidade com conteúdo
inteiramente novo, sobrando então o “mais do mesmo”. Uma solução que encontrei
para este problema é contando sobre o dilema, e ao mesmo tempo colocando sem
muita firula e delongas o reforço que aprendi hoje. Pois durante uma releitura
de todos os textos, poderei juntar o conhecimento do texto antigo com este
aqui, criando então um texto com uma qualidade maior, e talvez a leitura deste
próprio texto possa ajudar alguém que está em um dilema sobre alguma escolha e
tomar esta atitude minha como exemplo até encontrar uma solução melhor para o
problema enfrentado. Lembrando que eu não estou “fugindo” de um problema, pois
provavelmente o que aprendi hoje será o texto que será escrito daqui a alguns
dias.
O reforço que tive hoje é de que
algumas pessoas seguem em frente, enquanto outras continuam remoendo
acontecimentos passados. Tudo isso é uma questão de perspectiva sobre os
ocorridos. As vezes é mais confortável a dor do desconforto, que acaba se
tornando um “vício” (assim como acontece as vezes com a tristeza), do que gerir
a dor e sair do fundo do poço em busca de novas perspectivas. A ilusão de que o
fundo do poço apesar de ser um lugar escuro e sem saída, é um lugar que você já
está e não precisa fazer muito esforço para sair, principalmente quando se
trata de assuntos envolvendo outras pessoas e nossas relações. Mas não tem duas
verdades ao mesmo tempo, e a verdade nesse caso é de que apesar de parecer mais
confortável, é de certa urgência sair do fundo do poço, pois é como aquele
amigo que sabemos que é falso e temos dúvidas de muitas intenções dele sobre a
gente, mas ainda o mantemos por perto pois já o temos como “amigo”.
Algumas pessoas seguem em frente,
pois é da natureza delas fazer o que fazem. Seja usar os outros para
finalidades egoístas, tratar pessoas como objetos e descarta-las quando não
forem mais uteis para elas, ou qualquer coisa do gênero. Enquanto ficamos
remoendo os acontecimentos do passado, revivendo diariamente os bons momentos
que tivemos com essa pessoa, enquanto que, especialmente nessa fase da dor,
esquecemos todo o ruim que ela infligiu a nós. E enquanto elas simplesmente
seguiram em frente, e como apenas usaram de você e te trataram como
descartável, você a coloca em um pedestal imaginário, embelezando e endeusando
algo que, na realidade, não existe. Pois foi apenas criação da sua mente
querendo te machucar fazendo você neste estágio esquecer de todo o ruim que
veio com o que foi bom. É saber gerir a balança ponderando o que foi bom o que
foi ruim, e não ignorando um dos lados. Do começo ao fim, analisar e ver que na
realidade foi 50% a 50%, e nada mais que isso. Sabendo tirar lições boas do
ocorrido, e seguir em frente, assim como a outra pessoa seguiu.
Alisson
David Frangullys – 2:44 5/FEV/2018 GMT-5
(Texto para o dia 4/FEV/2018)
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