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Quando eu penso sobre isso eu não
sei se acho ironia do destino ou tragédia do destino. Mas acho que não seja nem
um nem o outro, e sim apenas a vida acontecendo, como ela sempre aconteceu, e
como vai sempre acontecer. Temos encontros e desencontros, e simplesmente não
podemos prever nada do que vai ocorrer.
A algum tempo atrás, em algum
lugar, você estava bem feliz conversando com o seu melhor amigo(a), sentado na
calçada ou em algum lugar qualquer. Falando com total intimidade, abrindo seu
coração, admitindo seus medos, projetando o futuro, dando risada e falando
bobeiras. Talvez além de ser seu melhor amigo, simultaneamente estava com
alguém que você amava, e estava abraçado(a) com essa pessoa fazendo as mesmas
coisas ditas acima.
E vocês não tinham ideia que
aquela ali seria a última vez que vocês fariam aquilo. Era apenas mais um dia
casual que vocês estavam felizes por estarem juntos mais uma vez. Então a vida
acontece, e ela é realmente cheia de surpresas e eventos inesperados. E então
aquela amizade nunca mais foi a mesma, pois cada um seguiu um caminho. Algumas
vezes vocês jamais vão nem se quer se ver ou se falar de novo. E então fica na
memória aquela última conversa, aquele beijo rápido de despedida, e a
casualidade de um “até logo” no ar, sendo que este “logo” nunca chegou.
O pior não é quando nunca mais
vemos aquela pessoa que era tão especial para nós, mas sim quando a vemos e
sentimos saudades dela. É tê-la na memória, e em um reencontro, durante uma
conversa, você sentir que está falando com um completo estranho. É não reconhecer
aquela pessoa com quem você passou tanto tempo conversando, para quem você se
abriu de corpo e alma, pois ela simplesmente mudou e já não existe mais. E,
todo aquele amor, todo aquele sentimento puro, ficou em uma lembrança,
representada por aquele último dia que vocês passaram juntos, com a inocência da
crença de que aquilo duraria para uma vida toda.
Alisson
David Frangullys – 13/FEV/2018 13:33 GMT -5 (Texto atrasado para o dia 12/FEV/2018
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